segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

EDITAL VAI 2009

EDITAL DE CHAMAMENTO DE PROJETOS PARA O PROGRAMA PARA A VALORIZAÇÃO DE INICIATIVAS CULTURAIS – VAI A PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO através da SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA, faz saber que estarão abertas, no período de 07 de janeiro a 05 de fevereiro de 2009, as inscrições para o Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais - VAI, criado pela Lei Municipal nº 13.540/03 e regulamentado pelo Decreto nº 43.823/03, com o objetivo de apoiar financeiramente, por meio de subsídio, atividades artístico-culturais, principalmente de jovens de baixa renda, com idade entre 18 e 29 anos e de regiões do Município de São Paulo desprovidas de recursos e equipamentos culturais. I.

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1. Poderão participar pessoas físicas ou jurídicas, sem fins lucrativos, que tenham domicílio ou sede no Município de São Paulo há no mínimo 2 (dois) anos, que desenvolvam ações culturais ligadas às diversas linguagens artísticas, consagradas ou não, relativas a artes e humanidades ou a temas relevantes para o desenvolvimento cultural e a formação para a cidadania cultural no Município. 1.1. Não poderão concorrer os órgãos públicos da Administração Direta ou Indireta federal, estadual ou municipal, bem como funcionários públicos municipais ou contratados para prestação de serviços continuados, coordenados pela Secretaria Municipal de Cultura, ainda que executados em outras Secretarias. Também não concorrem membros da Comissão de Avaliação, seus parentes em primeiro grau e cônjuges. 1.2. O impedimento citado no item anterior é extensivo a todos os integrantes da ficha técnica do projeto. 1.3. Cada proponente ou grupo poderá ter somente um projeto selecionado. 1.4. Cada proponente e cada integrante de grupo somente poderão integrar a ficha técnica de um projeto selecionado. 2. Os projetos serão selecionados pela Comissão de Avaliação de Propostas do Programa VAI, conforme artigo 5º da Lei nº 13.540/03 e artigo 8º do decreto 43.823/03. 2.1. A seleção buscará contemplar projetos de todas as regiões do Município, desde que estejam de acordo com os critérios relacionados no item 3 deste edital, respeitado o valor total dos recursos orçamentários destinados ao Programa. 2.2. A Comissão poderá deixar de utilizar todos os recursos previstos para o Programa se julgar que os projetos apresentados não atendem aos objetivos previstos na referida lei. 3. A Comissão Julgadora avaliará os projetos que integrarão o Programa VAI e o montante de recursos que cada um deve receber como apoio financeiro, observados os seguintes critérios: I - atendimento aos objetivos estabelecidos na Lei nº 13.540, de 2003;II - mérito das propostas;III - clareza e coerência;IV - interesse público;V - custos;VI - criatividade;VII - importância para a região ou bairro da cidade;VIII - proposta de devolução pública, nos termos do parágrafo único do artigo 5º do Decreto 43.823/03. 3.1. Terão prioridade as propostas culturais de caráter coletivo que estejam em andamento e necessitem de recursos para seu desenvolvimento e consolidação. 4. O valor máximo destinado a cada projeto será de até R$ 19.500,00 (dezenove mil e quinhentos reais), a ser repassado por meio de depósito em conta bancária do proponente, exclusiva para o projeto, em até 03 (três parcelas), a critério da Comissão de Avaliação e de acordo com o cronograma de atividades. 4.1 É imprescindível que o proponente do projeto selecionado esteja em condições de abrir conta corrente no Banco BRADESCO S.A. 5. O prazo de execução dos projetos será de, no máximo, 8 (oito) meses, sendo a liberação da primeira parcela do subsídio prevista para o mês de maio de 2009.5.1 O cronograma de atividades a ser apresentado deve considerar como prazo de realização o período entre maio e dezembro.

II. DAS INSCRIÇÕES

6. Os projetos deverão ser apresentados em 2 (duas) vias, de igual teor e conteúdo, não encadernadas, acondicionadas em envelopes, contendo as seguintes informações: I. Ficha-síntese, com dados do proponente e do projeto, junto com as duas vias entregues (anexos 1 ou 2)I.I. é obrigatório o preenchimento de todos os campos da ficha-síntese, em especial o que se refere aos integrantes do projeto;II - dados cadastrais do proponente, a serem preenchidos também no corpo do projeto: a) Pessoa física:- nome- número do documento de identificação e do Cadastro de Pessoa Física - CPF do proponente, - endereço, telefone e e-mail do proponente;- currículo completo do proponente (incluindo escolaridade e filiação) e resumido de cada um dos demais integrantes do grupo;- declaração, sob as penas da lei, de que reside na cidade de São Paulo há mais de 2 (dois) anos;(anexo 3)
b) pessoa jurídica:- nome da pessoa jurídica;- número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ e do Cadastro de Contribuintes Mobiliários - CCM- endereço e telefone da sede;- nome do representante legal;- número do documento de identificação e do Cadastro de Pessoa Física - CPF do representante legal;- endereço, telefone e e-mail do representante legal;- nome, endereço e telefone de uma pessoa para contato ou do responsável técnico pelo projeto;- histórico de atuação da entidade, curriculum completo do responsável técnico (incluindo escolaridade e filiação) e resumido de cada um dos demais integrantes do grupo envolvido com o projeto;- declaração, sob as penas da lei, de que tem sede na cidade de São Paulo há mais de 2 (dois) anos; (anexo 4)
III - dados do projeto: a) nome do projeto;b) data e local da realização;c) tempo de duração;d) custo total do projeto;e) objetivos a serem alcançados;f) plano de trabalho explicitando seu desenvolvimento e duração;g) cronograma de atividadesh) carta de autorização do responsável pelo espaço onde será desenvolvido o projeto;ficha técnica do projeto, relacionando as funções a serem exercidas e o nome de artistas e técnicos que forem participar do projetoi) informações complementares que o proponente julgar necessárias para a avaliação do projeto;j) quando o projeto envolver produção de espetáculo, exposições, filme, edição de livros, revista, publicações em geral, apresentar também:k.1) argumento, roteiro ou texto;k.2) autorização do detentor dos direitos autorais;k.3) proposta de encenação;k.4) concepções de cenários, figurinos, iluminação, música etc., quando prontas na data da inscrição;k.5) compromisso de comercializaçã o de publicações, vídeos ou CDs ou realização de eventos/espetá culos a preços populares, discriminando o período das apresentações e o preço dos ingressos, quando não resultarem em evento gratuito. Neste caso, deverá incluir no mínimo 10% (dez por cento) de seus produtos ou ações como devolução pública, sob forma de ingressos, doação para escolas e bibliotecas, entre outros. l) orçamento total do projeto, em que poderão ser incluídas, entre outras, as seguintes despesas:- recursos humanos e materiais necessários;- material de consumo;- locação de espaço e equipamentos;- compra de equipamentos;- custos de manutenção e administração de espaço;- custo de produção;- material gráfico e publicações;- divulgação;- transporte- alimentação- pesquisa e documentação;- despesas bancárias (tarifas de manutenção);- encargos sociais (pessoa jurídica) 6.1. É vedada a aplicação de recursos do Programa VAI em projetos de construção ou conservação de bens imóveis. 6.2. Os bens móveis adquiridos por pessoa física, com os recursos do Programa VAI, que não forem imprescindíveis à continuidade do projeto, a critério da Comissão de Avaliação, deverão ser doados à Municipalidade de São Paulo ou a entidade sem fins lucrativos cujo estatuto contenha a finalidade de promoção da cultura e o patrimônio tenha destinação pública em caso de dissolução. 6.3. Serão desclassificados os projetos que não se enquadrarem nas disposições contidas na legislação pertinente e neste Edital, especialmente nas seguintes situações: I - orçamento superior a R$ 19.500,00 (dezenove mil e quinhentos reais);II - orçamento somente com o valor total, sem detalhamento de gastos;III - cronograma de realização fora do prazo máximo de 8 (oito) meses;IV - proponente com idade inferior a 18 anos até a data de publicação dos resultados;V – pessoa física residente fora do município de São Paulo ou moradora na cidade há menos de 2 (dois) anos.VI - pessoa jurídica com existência legal há menos de 2 anos no município de São Paulo;VII - pessoa jurídica com fins lucrativos. III. DA COMISSÃO Para selecionar os projetos, será nomeada pelo Secretário Municipal da Cultura uma comissão avaliadora formada por 8 (oito) membros titulares e 8 (oito) suplentes a teor do que dispõe o artigo 5 lei 13.540/03 e artigo 8º do Decreto 43.823/03. 7. A Comissão de Avaliação decidirá, no âmbito de sua competência e nos termos da Lei nº 13.540, de 2003, sobre casos não previstos neste edital. 7.1. Durante o processo de seleção a Comissão de Avaliação poderá solicitar informações complementares aos inscritos, se entender necessário. 8. A Comissão de Avaliação é soberana, não cabendo recurso quanto ao mérito de suas decisões. 9. Em até 5 (cinco) dias após a Comissão dar conhecimento ao Secretário Municipal de Cultura da avaliação realizada, os inscritos serão notificados de seu resultado pelo Diário Oficial da Cidade e terão o prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação, para manifestar, por escrito, se aceitam ou desistem de participar do Programa. 9.1. A falta de manifestação por parte do interessado será considerada como desistência do Programa. 9.2. Em caso de desistência ou do não cumprimento do prazo estabelecido no item 10.1 para entrega de documentação e abertura de conta corrente, a Comissão de Avaliação terá o prazo de 5 (cinco) dias para escolher novos projetos. 9.3. A Comissão, a seu critério, poderá não selecionar novos projetos em substituição aos desistentes.


IV. DA CONTRATAÇÃO

10. Após a divulgação dos resultados, os responsáveis pelos projetos selecionados deverão apresentar os seguintes documentos para a formalização da concessão do subsídio:
I - proponente pessoa física:a) cópias do Cadastro de Pessoa Física e documento de identificação;b) declaração de que não possui débitos com a Prefeitura do Município de São Paulo (modelo fornecido pela SMC);c) declaração do proponente de que conhece e aceita incondicionalmente as regras do Programa VAI e que se responsabiliza por todas as informações contidas no projeto e pelo cumprimento do respectivo plano de trabalho (modelo fornecido pela SMC);d) comprovante de domicílio na cidade de São Paulo referente ao ano de 2007 e o atual;e) carta dos integrantes do grupo, devidamente assinada, concordando em participar do projeto e autorizando o proponente a representá-los junto à Secretaria Municipal de Cultura, conforme modelo a ser fornecido pela SMC. f) autorização para crédito em conta corrente bancária no Banco BRADESCO S/A aberta pelo proponente especialmente para os fins do Programa. (modelo fornecido pela SMC);
II - proponente pessoa jurídica:a) cópia do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ;b) cópia da inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários - CCM;c) Certidão Negativa de Débitos - CND/INSS;d) Certidão de Regularidade Fiscal - CRF/FGTS;declaração de concordância dos demais integrantes da ficha técnica em participar do projetoe) cópia de Certidão Negativa de Tributos Municipais;f) contrato social ou estatuto social atualizado;g) ata de eleição da diretoria;h) cópias do Cadastro de Pessoa Física e documento de identificação do responsável legal da entidade.i) declaração do proponente de que conhece e aceita incondicionalmente as regras do Programa VAI e que se responsabiliza por todas as informações contidas no projeto e pelo cumprimento do respectivo plano de trabalho (modelo fornecido pela SMC);j) carta dos integrantes da ficha técnica, devidamente assinada, concordando em participar do projeto e autorizando o proponente a representá-los junto à Secretaria Municipal de Cultura, conforme modelo a ser fornecido pela SMC.k) comprovante de sede na cidade de São Paulo há, no mínimo, 2 (dois) anos;l) autorização para crédito em conta corrente bancária aberta pelo proponente no Banco BRADESCO S/A especialmente para os fins do Programa (modelo fornecido pela SMC);
10.1. O prazo para entrega dos documentos e abertura de conta será de 10 dias úteis a contar da manifestação de interesse no Programa, após o qual o proponente será desclassificado e substituído, a critério da Comissão de Avaliação.

V. DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

11. Os responsáveis pelos projetos selecionados deverão prestar contas durante e ao final do projeto, sobre os aspectos culturais e a utilização dos recursos, conforme normatização do Programa. A liberação das parcelas está condicionada à análise e aprovação destes documentos por parte da Coordenação do Programa e Comissão de Avaliação. 11.1. Os documentos solicitados na prestação de contas são: relatório de atividades, demonstrativo de despesas, notas fiscais, recibos, extratos bancários, material de divulgação e registro. Se necessário, poderão ser solicitadas outras informações ou documentos. 11.2. A movimentação bancária deve ser exclusiva para as finalidades do projeto, sendo vedado, em qualquer hipótese, o uso para fins pessoais ou quaisquer despesas não previstas no projeto. Os valores correspondentes à ajuda de custo do proponente ou de outros integrantes do grupo devem ser retirados da conta de acordo com o cronograma de atividades e de desembolso.11.2.1. O descumprimento do disposto nos itens 11.1 e 11.2. invalidará os valores gastos indevidamente e implicará na reposição à conta bancária do projeto. 12. Qualquer alteração no projeto, seja de seu conteúdo, orçamento ou na ficha técnica deverá ser previamente informada e autorizada pela Coordenação do Programa e, quando necessário, pela Comissão de Avaliação. 12.1. O desligamento de um integrante da ficha técnica deverá ser justificado com carta assinada pelo próprio interessado. 12.2. A inserção de um novo integrante na Ficha Técnica deverá ser acompanhada do respectivo currículo, justificativa e função a ser desempenhada no projeto. 12.3. Quaisquer parcerias obtidas pelo projeto devem ser especificadas na prestação de contas, tanto pela identificação do parceiro quanto pela descrição detalhada do tipo de apoio obtido – humano, material ou financeiro. 13. Havendo saldo residual no final do projeto, o proponente deverá depositar o valor correspondente na conta do Fundo Especial de Promoção de Atividades Culturais – FEPAC, da Secretaria Municipal de Cultura. 14. A não aprovação da prestação de contas do projeto sujeitará o proponente a devolver o total das importâncias recebidas, acrescidas da respectiva atualização monetária, em até 30 (trinta) dias da publicação do despacho que as rejeitou. 14.1. Na hipótese prevista no item 14 a não devolução da importância no prazo e forma assinalados caracterizará a inadimplência do proponente, que fica impedido de encaminhar novos projetos ao Programa VAI, firmar contratos com a Municipalidade ou receber qualquer apoio dos órgãos municipais, até quitação total do débito.
15. O beneficiário do Programa VAI deverá fazer constar em todo o material de divulgação do projeto aprovado as logomarcas da Secretaria Municipal de Cultura e do Programa VAI. 16. A Secretaria Municipal de Cultura fará acompanhamento e avaliação sistemáticos dos projetos, especialmente quanto a resultados previstos e efetivamente alcançados, custos estimados e reais, e a repercussão da iniciativa na comunidade ou localidade. 16.1 Para atender ao disposto no item 15, os selecionados deverão comparecer à Secretaria Municipal de Cultura sempre que solicitado pela Coordenação do Programa VAI, para prestação de contas, esclarecimentos sobre os projetos e atividades de integração com outros grupos.

VI. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

17. Após a formalização do subsídio, a Secretaria Municipal de Cultura divulgará em seu site e no Diário Oficial da Cidade o prazo para retirada dos projetos não selecionados. Findo este prazo os projetos serão encaminhados para reciclagem. 18. A lei e o decreto relativos ao programa encontram-se no site www.vai.decsp. org ou www.programavai. blogspot. com. Maiores informações podem ser obtidas pelos interessados junto à coordenação do Programa, fone 3397 0155/0156. 19.


Locais de inscrição: os interessados deverão inscrever-se nos locais abaixo discriminados, de 2ª a 6ª feira, das 14:00 às 18:00 horas. 19.1. Excepcionalmente nos dias 04 e 05 de fevereiro o horário de inscrições será das 10 às 18h 19.2. No Centro Cultural da Juventude as inscrições poderão ser feitas de terça a sexta-feira, no mesmo horário especificado nos itens 19 e 19.1.

CENTRO

Secretaria Municipal de Cultura Av. São João, 473 – 6º andar - Fone 3397 0155/0156

ZONA NORTE

Centro Cultural da Juventude – Av deputado Emilio Carlos, 3641 – Vila Nova Cachoeirinha -Fone 3984 2466 ZONA SUDESTECasa de Cultura Chico ScienceAv. Tancredo Neves, 1265 – Moinho Velho – Ipiranga – Fone 2969 7066 ZONA LESTECasa de Cultura da PenhaLargo do Rosário, 020 - 3º andar - Penha - Fone 2296 6172 CEU AricanduvaNúcleo de CulturaR. Olga Fadel Abarca, s/nº - Vila Aricanduva / Cidade Líder - Fone: 2723-7556

ZONA SUL

Casa de Cultura Manoel Cardoso De Mendonça - Praça Francisco Ferreira Lopes, 434 – Santo Amaro - fone 5522 8897 Casa de Cultura M'boi MirimRua Inácio Dias da Silva, s/nº - M'Boi Mirim - fone 5514 3408 Centro Cultural Jacob Salvador Zveibil/Acervo da Memória e do Viver Afro-brasileiroRua Arsênio Tavolieri, 45 – Jabaquara - fone 5011 2421 ZONA OESTEEspaço Cultural Tendal da LapaRua Constança, 072 - Lapa - fone 3862 1837 CEU Butantã Núcleo de CulturaAv. Engenheiro Heitor Antonio Eiras Garcia, 1700 – Butantã - fone 3732 4551

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Lideranças Quilombolas Assassinadas

Os Movimentos Negro e Quilombola Estão de Luto.
No dia quatro de dezembro, por volta das 13hs 30min a Comunidade Remanescente de Quilombo dos Alpes foi,mais uma vez, brutalmente atacada. Desta vez o preconceito e a intolerância ceifaram a vida de dois líderes domovimento quilombola gaúcho: Joelma da Silva Ellias (Jô, 36 anos) Diretora de Eventos e membro do conselhofiscal da Associação do Quilombo dos Alpes e Valmir da Silva Ellias (Guinho, 31 anos) – vice-presidente daAssociação do Quilombo dos Alpes, foram brutalmente assassinadas, além de deixar ferida Rosangela da SilvaEllias (Janja) – Presidente da Associação dos Moradores do Quilombo e tentar contra a vida de mais um dosmembros desta comunidade. O ataque ocorreu dentro da comunidade, sendo que Valmir e Joelma foram alvejados pelas costas. Segundo acomunidade o assassino Pedro Paulo Back, conhecido por alemão, morava na área do quilombo e já algum tempovinha ameaçando as lideranças. No domingo dia 30/11 ele disparou diversos tiros contra comunidade afirmandoque: “o que esta negrada esta pensando, vou matar esta negrada”. Diante desta ameaça, a presidenta da Associação denunciou o fato ao INCRA que, por sua vez pediu que acomunidade procurasse o Ministério Público Federal. Cabe salientar que a comunidade tomou todos os procedimentos legais, não havendo por parte do estado nenhumaação em defesa e proteção do quilombo.A Comunidade Remanescente de Quilombo dos Alpes a partir de Janeiro de 2005 foi auto reconhecida e Certificadapela União através da Fundação Cultural Palmares desde então, passa a ter sob a sua posse uma vasta área deterra, segundo indicação da comunidade, aproximadamente 142 hectares.Se antes a especulação imobiliária confinara a comunidade em uma área restrita de terra, hoje ela já podedesfrutar de boa parte das terras ocupadas pelos seus ancestrais. A finalidade da terra para esta ComunidadeRemanescente de Quilombos é inconciliável com a destinação dada pelas empresas de especulação imobiliária, quebuscam lotear a área ao passo que os quilombolas há mais de cem anos ali estabelecidos desenvolveram umarelação de preservação com o meio ambiente, especialmente da mata de onde advém parte do seu sustento e dosveios de água. Desta forma impedindo que o local seja utilizado como depósito de lixo e evitando incêndioscriminosos. As oitenta famílias quilombolas vivem em situação de completo descaso por parte do Estadoatravés da omissão e morosidade no processo de regularização dos territórios quilombolas. Os conflitos no quilombo dos Alpes vem ocorrendo sistematicamente desde que a comunidade se auto declarouquilombola. A partir deste momento tem inicio um processo de disputa pelo território por parte de moradores nãoquilombola(posseiro s) e dos especuladores imobiliariarios com a conivência de órgãos da segurança pública. Oacirramento desde processo redundou nesta chacina A demora do processo de regulamentação do território quilombola vem acirrando os conflitos inerentes à disputapela terra.Diante destes fatos a comunidade negra do RGS exige providencias dos governos federal, estadual emunicipal, no sentido de fazer cumprir o artigo 68 ADCT da Constituição Federal.De imediato requerem: proteção da policia federal e o respectivo acompanhamento do inquérito policial.Imediata titulação do território quilombola.


Subscrevemo- nos:

Associação da Comunidade Remanescente de Quilombo dos Alpes – Dona EdwigesAssociação da Comunidade Remanescente de Quilombo Família SilvaAssociação da Comunidade Remanescente de Quilombo Luiz GuaranhaAssociação da Comunidade Remanescente de Quilombo Família FidelisRede Quilombos do SulFACQRS - Federação das Associações das Comunidades Quilombolas do RS.Akanni – Instituto de Pesquisa e Assessoria em Direitos Humanos, Gênero, Raça e Etnias.IACOREQ – Instituto de Assessoria as Comunidades Remanescentes de QuilombosMNU – Movimento Negro UnificadoFORMA - Fórum Estadual de Religiosidade de Matriz AfricanaUNEGRO – União de Negros Pela Igualdade Racial.