O mapeamento dos empreendimentos de Economia Solidária já superou as expectativas no Paraná. O levantamento no estado já detectou mais 237 novos segmentos. Até o momento, 37% do Paraná foram mapeados, totalizando 74 municípios. O novo Atlas com os dados sobre a Economia Solidária no País está previsto para sair em agosto.Desde abril, cinco entrevistadores vêm percorrendo 39 municípios do Paraná, não pesquisados na primeira fase do mapeamento realizada em 2005, e já localizaram 3.678 trabalhadores envolvidos com a Economia Solidária, sendo 2.103 homens e 1.575 mulheres.Nesta fase, também estão sendo incluídas às comunidades tradicionais, como, Quilombolas, Indígenas e ainda o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. O objetivo da complementação foi percorrer os locais de mais difícil acesso do Paraná como, por exemplo, ilhas localizadas no litoral do Estado.A coordenadora da pesquisa no Estado e representante do Instituto de Filosofia da Libertação (Ifil), Maria da Glória M. de Oliveira, afirma que o número deve aumentar ainda mais, pois alguns formulários enviados pelos entrevistadores continuam chegando. Para ela, a Economia Solidária está em plena expansão. "Até o final de julho teremos concluído o trabalho no Estado", afirma. Com os dados do mapeamento, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) alimenta o Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária (Sies), onde são registrados e identificados todas as informações sobre os empreendimentos econômicos solidários e entidades de apoio, assessoria e fomento à economia solidária no país."A criação do Sies, no ano passado, teve como base o mapeamento que vem sendo realizado desde 2004 em todo o país e que identificou cerca de 15 mil empreendimentos econômicos nesse segmento. Até agosto vamos chegar aos 20 mil no país", acredita Roberto Marinho, da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes).Segundo Marinho, o sistema permite que o governo constitua uma base nacional de informações em economia solidária para fortalecer e integrar os empreendimentos em redes, facilitando assim a comercialização de seus produtos. "O Sies é uma ferramenta fundamental para dar visibilidade à Economia Solidária e facilitar a formulação de políticas públicas de fomento adequadas à realidade desses empreendimentos", esclarece.Os empreendimentos identificados são cooperativas, associações, empresas autogestionárias, grupos de produção ou clubes de trocas, em que os participantes são trabalhadores que exercem coletivamente a gestão das atividades.Essas organizações solidárias podem estar em funcionamento ou em fase de implantação, mas devem estar com grupos de participantes constituídos e as atividades econômicas definidas. "As atividades podem ser na produção de bens, prestação de serviço, fundos de crédito, comercialização ou de consumo solidário", explica.No endereço www.sies.mte.gov.br estão disponíveis os dados do Sies para que as entidades que ainda não informaram seus dados possam fazê-lo.O mapeamento demonstrou um crescimento significativo (85%) da Economia Solidária, no Brasil, criados entre 1990 e 2005. Nesses empreendimentos, participam cerca de 1,5 milhão de trabalhadores. Até o último levantamento, nas atividades de produção de bens e prestação de serviços, consumo e crédito, predominavam as associações, com 54% do total, seguida dos grupos ainda sem formalização, com 32%; e das cooperativas, com 10% do total.Entre as atividades econômicas, Agricultura e Pecuária foram as de maior concentração, realizadas por 64% dos empreendimentos. As Têxteis, de confecções, calçados e produção artesanal em geral correspondem juntas a cerca de 21% dos empreendimentos; e a prestação de serviços diversos e alimentação respondem por 14% e 13%, respectivamente. Desses empreendimentos, 44% encontram-se na Região Nordeste, seguida da Região Sul, com 17%, Região Sudeste, com 14%, Norte, com 13%, e Centro-Oeste, com 12%.
Portal do Governo Brasileiro (www.brasil.gov.br/emquestao)
terça-feira, 31 de julho de 2007
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