quarta-feira, 20 de junho de 2007

Empresas recuperadas por trabalhadores reivindicam apoio do governo





Duzentas empresas em atividade no país foram recuperadas por trabalhadores. Ou seja, após a falência, os próprios empregados assumiram o controle do negócio.

Organizações que representam esses trabalhadores estiveram na terça-feira (19) em Brasília para a reunião do Conselho Nacional de Economia Solidária. O objetivo foi discutir políticas que apóiem as empresas recuperadas e outros setores da economia solidária.

"Nós queremos recuperar as inúmeras empresas que estão falindo Brasil afora", defende o representante da União e Solidariedade das Cooperativas e Empreendimentos de Economia Solidária (Unisol), Nino Roni Barros.

Os empreendedores reclamam que é difícil conseguir créditos já que as empresas recuperadas não têm garantias. "E o governo não tem política pública que garanta investimentos sem que possa dar algo em garantia", lamenta o representante da Associação Nacional de Trabalhadores de Empresas de Autogestão (Anteag), Arnaldo Silva. "É impossível acessar algum recurso desta maneira".

Além da exigência de garantias, os empreendedores reclamam da alta taxa de juros cobradas pelos bancos públicos e privados. "Nós sabemos que grandes empresas têm acesso a juros de 6% ou 7% ao ano. Enquanto os pequenos empresários estão com juros de 4% ao mês", afirmou o representante da Anteag.

Presente à reunião, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, prometeu mais recursos para a economia solidária. O orçamento para o setor em 2007 é de cerca de R$ 50 milhões, segundo Lupi, que considera o valor baixo. O ministro afirmou que pretende triplicar o valor para R$ 150 milhões em 2008.

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