quarta-feira, 23 de julho de 2008

Convocação aos Jovens Empreendedores


No discurso na Convenção do PT que homologou meu nome como candidata a prefeita de São Paulo, em 29 de junho passado, expliquei que idéias queríamos transmitir com o slogan “São Paulo com nova atitude”. Volto aqui a esse ponto de partida para articulá-lo com uma palavra um tanto complicada, mas que traz uma carga intensa de futuro para nossa cidade: o empreendedorismo.Para mim, Nova atitude significa coragem, ousadia e criatividade para avançar na transformação humana, social e cultural da cidade de São Paulo. E empreendedorismo é a atitude corajosa para iniciar novos negócios – não importa se micros, pequenos, médios ou grandes –, para começar novas empreitadas ou organizar novas atividades econômicas afinadas com os novos mercados e as novas demandas.Devemos avançar na transformação da cidade com os pés bem plantados no chão, com rigor e realismo, mas sem abrir mão de nossa capacidade de criar, sem medo de fazer e de encarar o que é novo. Isso exige a formulação de um novo pensamento urbano, que se traduza em intervenções e soluções corretas no corpo físico da cidade, e de um novo pensamento social, capaz de trazer melhorias rápidas e concretas para a vida das pessoas.Esses pensamentos devem, na verdade, serem forjados com projetos consistentes, destinados a ampliar a inclusão social dos mais pobres, a sustentar o processo de ascensão social daqueles que estão formando uma nova classe média paulistana e a consolidar as nossas classes médias. Em outras palavras, trata-se de melhorar objetivamente a vida das pessoas e da cidade. E se nos últimos anos o governo Lula garantiu a consolidação dos programas de transferência de renda no país, entendemos que agora é tempo de avançar em programas de emancipação social e de desenvolvimento local.Nesse sentido, duas ferramentas são fundamentais: a educação e a tecnologia, o saber e o fazer transformando a sociedade. Educação de boa qualidade para todos e uso da tecnologia por muitos. Assim é que São Paulo poderá ter uma outra e nova política de inclusão social, capaz de abranger, entre outros elementos, inclusão empresarial e industrial, uma política que privilegie o empreendedorismo e a criatividade popular.Dessa forma unimos nosso slogan com a idéia do empreendedorismo, particularmente em sua capacidade de mobilizar os jovens. Sabemos que uma das características mais visíveis da economia urbana de São Paulo é a presença de pequenas empresas e empreendimentos emergentes. E do mesmo modo que as pessoas precisam da inclusão social, essas empresas e empreendimentos necessitam, agora, de uma política de inclusão para desenvolver sua força e expandir seu potencial. Para crescer, produzir e empregar ainda mais.Queremos beneficiar todos os segmentos, mas queremos dedicar uma atenção especial aos jovens, a uma nova política de qualificação da juventude que lhes dê oportunidade econômica e tecnológica. São Paulo precisa de empresas jovens, mas, muito especialmente, precisa de empresas de jovens e de empreendimentos afinados com os novos mercados e as novas demandas tecnológicas. E ninguém melhor que o jovem para entender e gerir esta nova onda.Portanto, vamos trabalhar em parceria com o governo do presidente Lula, que começa a se voltar para a democratização do acesso à tecnologia, para a necessidade de promover a transferência de tecnologias avançadas a pequenas empresas e empreendimentos emergentes. Chegou a hora de levar máquinas, insumos, know-how e práticas inovadoras ao mundo dos empreendimentos menores. De lhes dar suportes objetivos para o crescimento, em termos técnicos e tecnológicos, apoio em crédito e na intermediação de negócios. Precisamos encontrar também formas de desoneração fiscal que estimulem o empreendedor e não tragam desequilíbrios para as finanças públicas.Por sua amplitude, este macro-programa além de beneficiar a vida dos mais pobres tem instrumentos e políticas também para ajudar a melhorar a vida dos segmentos médios de nossa sociedade.

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