quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

IPEA faz uma radiografia do SUS no Brasil

Mapeamento da presença do Estado revela carências

Foto: Assessoria de Imprensa da Caixa

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou nesta terça-feira (15), em São Paulo, o estudo Presença do Estado no Brasil: Federação, suas Unidades e Municipalidades. Com base em dados de ministérios e do IBGE, a publicação permite conhecer os municípios, estados e regiões mais carentes em áreas como educação, saúde, segurança pública e previdência social. O documento foi explicado pelo presidente do Instituto, Marcio Pochmann.


Saúde

O objetivo do estudo realizado pelo Ipea é analisar a presença ou ausência do Estado em diferentes localidades do território nacional. O trabalho foi complexo, pois as informações se encontravam disseminadas em diferentes órgãos públicos. Em relação à saúde, a compilação dos dados levou o Instituto a concluir que 1.875 municípios não têm estabelecimento de internação ligado ao Sistema Único de Saúde, e apenas Paraíso (SP) e Mimoso (GO) não possuem, atualmente, estabelecimento ambulatorial do SUS.

Os serviços de vigilância epidemiológica e sanitária são mais preocupantes, pois 2.780 municípios estão sem cobertura pública nessa área. O atendimento por parte de médicos do serviço público ainda não está universalizado: 7,7% dos municípios não têm esse tipo de profissional. O levantamento completo, de todas as áreas, pode ser acessado pelo site do Ipea. A apresentação do estudo foi feita na Superintendência Regional da Caixa Econômica no bairro de Santana, em São Paulo (Rua Voluntários da Pátria, 1512, 3º andar).


Alguns dados:


O estudo, feito com base em dados levantados junto aos ministérios e ao IBGE, traz uma radiografia completa das regiões do país mais carentes em áreas como educação, saúde, segurança pública e previdência. Por ele se conclui, por exemplo, que 1.875 municípios brasileiros (33,5% do total de municípios do país) não têm instituição conveniada com o SUS para internação de pacientes. Em 1.867 destes tampouco há serviços de atendimento de urgência ligados ao Sistema.

Surpreendentemente a região mais desenvolvida do país, a Sudeste, concentra a maioria dessas cidades, 31,7%; Nordeste, 29%; Sul, 24,2%; Centro-Oeste, 9,2%; e o Norte 5,9%. Outro dado preocupante da pesquisa nessa parte do SUS: em 428 municípios do país não há médicos que atendem pelo Sistema.

Leia a íntegra do estudo

Veja a apresentação sobre a pesquisa

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