sexta-feira, 11 de maio de 2007

Ministro quer mais incentivo para a Economia Solidária

Brasília, 09/05/2007 - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, adiantou, nesta terça-feira (9/05), que fará o possível para dobrar as verbas destinadas à economia solidária. Na plenária de encerramento da Coordenação Nacional do Fórum Nacional de Economia Solidária, o ministro afirmou que o aumento de recursos públicos para o setor é fundamental, pois possibilita o fortalecimento de pequenos empreendimentos e a geração de empregos.

"A economia solidária é uma política social moderna que irá integrar o mundo. Temos que fazer todos os esforços possíveis para desenvolver o setor", disse Lupi.

Ao falar para os representantes de fóruns das cinco regiões do país, o ministro destacou que a economia solidária é parte de uma política de governo e que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) deve ser visto como um parceiro das entidades. Segundo ele, o grande desafio é tornar o processo ainda melhor. "O marco do governo tem que ser a busca da solidariedade e da distribuição de renda", afirmou Lupi.

O secretário Nacional de Economia Solidária, Paul Singer, frisou que a existência do Fórum Nacional de Economia Solidária é essencial para a continuidade do movimento. Ele lembrou que, embora haja movimentos de economia solidária em diversos países, o Brasil é pioneiro na criação de um fórum reunindo todos os segmentos do setor para discutir propostas para a consolidação e o crescimento do processo.
"A Economia Solidária vive um momento de consolidação e diversificação. O processo é cada vez mais capaz de absorver e integrar setores", afirmou Singer.

Um levantamento realizado pelo MTE aponta a existência de 20 mil empreendimentos solidários, entre cooperativas, associações, empresas autogestionárias, grupos de produção ou clubes de trocas, em que os participantes são trabalhadores que exercem coletivamente a gestão das atividades.

O estudo demonstra que, nas atividades de produção de bens e prestação de serviços, consumo e crédito, tanto no meio urbano quanto rural, predominam as associações, com 54% do total, seguida dos grupos ainda sem formalização, com 32%; e das cooperativas, com 10% do total.

Já o Atlas da Economia Solidária, lançado em 2006 pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), detectou um crescimento significativo (85%) da Economia Solidária no Brasil entre 1990 e 2005. Registrou, também, a participação de cerca de 1,25 milhão de trabalhadores no processo, dos quais 35% são mulheres.

Também participaram da plenária a secretária de Articulação Institucional do Ministério do Desenvolvimento Social, Eliana Kátia, o secretário de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Humberto Oliveira, e o deputado Eudes Xavier, presidente da Frente Parlamentar pela Economia Solidária. O Fórum contou com a participação de 80 representantes de associações de todo o país.

Assessoria de Imprensa do MTE

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