“La Alameda”- Assembléia Popular e Cooperativa de Trabalho “20 de Dezembro” de Parque Avellaneda – Cidade de Buenos Aires
La Alameda, Assembléia Popular e Cooperativa de Trabalho “20 de Dezembro” de Parque Avellaneda, Buenos Aires surge em dezembro de 2001 com o lema “que se vayan todos”, os vizinhos do bairro começaram a se organizar e criaram a cooperativa “20 de dezembro”.
Com essa organização busca-se implementar uma democracia direta diante da crise política daquele momento e realizar ações concretas para dar soluções aos problemas que mais afligiam os vizinhos do bairro: falta de trabalho, de moradia, recuperação econômica, entre outros.
Os vizinhos instalaram-se em um bar abandonado localizado nas esquinas das ruas Lacarra e Avenida do bairro do Parque Avellaneda que leva o mesmo nome da organização. Tiveram que enfrentar uma intensa luta para organizar este prédio até que, em julho de 2005, a legislatura portenha o declarou de utilidade pública e o entregou aos membros da organização em comodato, com a condição de que continuem realizando atividades produtivas comunitárias e culturais.
Com essa organização busca-se implementar uma democracia direta diante da crise política daquele momento e realizar ações concretas para dar soluções aos problemas que mais afligiam os vizinhos do bairro: falta de trabalho, de moradia, recuperação econômica, entre outros.
Os vizinhos instalaram-se em um bar abandonado localizado nas esquinas das ruas Lacarra e Avenida do bairro do Parque Avellaneda que leva o mesmo nome da organização. Tiveram que enfrentar uma intensa luta para organizar este prédio até que, em julho de 2005, a legislatura portenha o declarou de utilidade pública e o entregou aos membros da organização em comodato, com a condição de que continuem realizando atividades produtivas comunitárias e culturais.
Inicialmente a Assembléia – como muitas outras surgidas naquele momento – reunia-se com o objetivo “de que se vayan todos”, com o passar do tempo, este fim foi se tornando mais abstrato e surgiu a necessidade de realizar novas ações. Assim, surge a idéia de organizar um restaurante comunitário que contou com o apoio do Governo da Cidade para a distribuição de alimentos. Ao mesmo tempo, os membros da assembléia – em sua grande maioria mulheres – começaram a realizar tarefas de saúde preventiva, educação sexual, desenvolvimento infantil, etc.
Os membros da assembléia não se conformaram em realizar somente aquelas atividades e foi assim que surgiu a idéia de desenvolver um empreendimento produtivo de maior envergadura. Devido a experiência prévia que os membros da organização tinham na produção textil, decidiram pela instalação de uma Oficina.
Os membros da assembléia não se conformaram em realizar somente aquelas atividades e foi assim que surgiu a idéia de desenvolver um empreendimento produtivo de maior envergadura. Devido a experiência prévia que os membros da organização tinham na produção textil, decidiram pela instalação de uma Oficina.
Apresentaram um projeto produtivo ao Plano Nacional Mãos a Obra do Ministério de Desenvolvimento Social que inclua vários empreendimentos (oficina de confecção, artesanato, panificação e gastronomia). O projeto foi aprovado e este permitiu colocar em funcionamento, através da compra de cinco máquinas de confecção e outros bens necessário. Posteriormente, solicitarão uma ampliação que também foi aceita devido ao bom desempenho da cooperativa, o que permitiuampliar o número de máquinas disponiveis. Por último, com o apoio da Organização Internacional para as Migrações (OIM) – que apoia a lutra contra o trabalho escravo – compraram outras máquinas que terminaram de equipar a Oficina.
O compromisso da organização na luta contra a erradicação do trabalho escravo foi surgindo espontaneamente na medida que os próprios “assembleistas” – em sua maioria imigrantes de origem boliviana – relatavam as situações as quais passavam em seu país e as condições de trabalho que precisam enfrentar. Vários membros da La Alameda, assim como seus familiares e amigos, haviam sido empregados por oficinas ilegais – que geralmente produzem para reconhecidas marcas – e submentidos a extensas jornadas de trabalho em condições prejudiciais para a saúde como, por exemplo, o maltrato, a falta de segurança, a sujeira e a discriminação.
Diante dessa situação, a La Alameda empenhou-se em lutar contra a erradicação do trabalho escravo e pelo fechamento das oficinas clandestinas que recrutam mediante falsas promessas os imigrantes bolivianos que chegam em nossa país em busca de um futuro melhor. Assim, desde a organização começaram a realizar protestos e boicotes as marcas que fabricam seus produtos com essas condições de trabalho. A situação tomou dimensão pública a partir da tragédia que ocorreu em 2006 e que levou a morte seis costureiros de origem boliviana no incêndio de sua oficina.
A organização cresceu significativamente durante estes anos, e em 2005, formou-se a União dos Trabalhadores Costureiros que tem como principal objetivo a luta pelos direitos dos trabalhadores da categoria dos costureiros. A instituição organiza as pessoas que tem trabalhado nas oficinas ilegais para empreender coletivamente a luta pelo trabalho digno e pelo reconhecimento de seus direitos humanos e sociais.
A organização cresceu significativamente durante estes anos, e em 2005, formou-se a União dos Trabalhadores Costureiros que tem como principal objetivo a luta pelos direitos dos trabalhadores da categoria dos costureiros. A instituição organiza as pessoas que tem trabalhado nas oficinas ilegais para empreender coletivamente a luta pelo trabalho digno e pelo reconhecimento de seus direitos humanos e sociais.
As atividades realizadas pela La Alameda são:
• Restaurante Comunitario: Serve comida para aproximadamente 140 pessoas e o restaurante faz parte do Programa de Grupos Comunitários da Secretaria de Desenvolvimento Social do Governo de Buenos Aires. As pessoas encarregas pela limpeza, cozinhar e servir a comida são as mesmas pessoas que vão ao restaurante se alimentar (autogestão). Também colaboram nessa tarefa membros da La Alameda.
• Padaria e Gastronomia: Produzem pães, bolos, tortas e outros, durante os fins de semana, o cardápio são comidas tradicionais bolivianas. O empreendimento conta com um serviço de delivery.
• Centro de fotocópias: Realizam fotocópias simples e duplicações.
• Oficina de Artesanato (cerâmica): Produzem taças, pratos, bandeijas e etc com desenhos similares aos povos tradicionais. São trabalhos artesanais e personalizados o que faz de cada peça única.
• Oficina de Confecção: Produção de atividades de corte, confecção e personalização. Não existe produção de estamparia, fundamentalmente, trabalha-se com base em pedidos dos clientes.
Apesar da variedade de empreendimentos na organização ( La Alameda), sem dúvida, a Oficina de Confecção é a que mais destaca-se devido a importância que imprime na luta contra o trabalho escravo. Muitos os membros que trabalharam e hoje atualmente estão no empreendimentos foram vítimas dos donos de oficinas ilegais e encontraram na organização a possibilidade de um trabalho digno, questão que originalmente os trouxe para nosso país.
Apesar da variedade de empreendimentos na organização ( La Alameda), sem dúvida, a Oficina de Confecção é a que mais destaca-se devido a importância que imprime na luta contra o trabalho escravo. Muitos os membros que trabalharam e hoje atualmente estão no empreendimentos foram vítimas dos donos de oficinas ilegais e encontraram na organização a possibilidade de um trabalho digno, questão que originalmente os trouxe para nosso país.
Na atualidade, esse empreendimento encontra-se em plena expansão, e hoje já conta com uma catalogo da Marca Munda Alameda, livre de trabalho escravo e seus produtos são comercializados em diversas Feiras de Economia Social. A organização criou um página eletrônica onde os produtos poderão ser adquiridos, e também estamos num shopping na zona comercial, importante para que a luta pela erradicação do trabalho escravo se faça mais visivel.
Conheça as experiências de La Alameda:
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